quarta-feira, 16 de maio de 2012

VOCÊ SABE O QUE É FIBROMIALGIA?


Entendendo a Fibromialgia pelo Dr. DRAUZIO VARELLA


Fibromialgia caracteriza-se por dor crônica que migra por vários pontos do corpo e se manifesta especialmente nos tendões e nas articulações. Trata-se de uma patologia relacionada com o funcionamento do sistema nervoso central e o mecanismo de supressão da dor que atinge, em 90% dos casos, mulheres entre 35 e 50 anos. A fibromialgia não provoca inflamações nem deformidades físicas, mas pode estar associada a outras doenças reumatológicas o que pode confundir o diagnóstico.
Causas
A causa específica da fibromialgia é desconhecida. Sabe-se, porém, que os níveis de serotonina são mais baixos nos portadores da doença e que desequilíbrios hormonais, tensão e estresse podem estar envolvidos em seu aparecimento.
Sintomas
* Dor generalizada e recidivante;
* Fadiga;
* Falta de disposição e energia;
* Alterações do sono que é pouco reparador;
* Síndrome do cólon irritável;
* Sensibilidade durante a micção;
* Cefaleia;
* Distúrbios emocionais e psicológicos.
Diagnóstico
O diagnóstico da fibromialgia baseia-se na identificação dos pontos dolorosos. Ainda não existem exames laboratoriais complementares que possam orientá-lo.
Tratamento
O tratamento da fibromialgia exige cuidados multidisciplinares. No entanto, tem-se mostrado eficaz para o controle da doença:
* Uso de analgésicos e antiiflamatórios associados a antidepressivos tricíclicos;
* Atividade física regular;
* Acompanhamento psicológico e emocional;
* Massagens e acupuntura.
Recomendações
* Tome medicamentos que ajudem a combater os sintomas;
* Evite carregar pesos;
* Fuja de situações que aumentem o nível de estresse;
* Elimine tudo o que possa perturbar seu sono como luz, barulho, colchão incômodo, temperatura desagradável;
* Procure posições confortáveis quando for permanecer sentado por mito tempo;
* Mantenha um programa regular de exercícios físicos;
* Considere a possibilidade de buscar ajuda psicológica.




O ESPAÇO LUMINA DE ATENDIMENTO INTEGRADO CONTA COM PROFISSIONAIS DAS ÁREAS CITADAS PARA TRATAR O QUADRO DE FIBROMIALGIA:
PSICÓLOGOS,ACUPUNTURISTAS,FISIOTERAPEUTAS E MASSAGISTAS (TODOS PROFISSIONAIS ALTAMENTE QUALIFICADOS)

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

ENTENDENDO O QUE É A ENDOMETRIOSE



A doença é recorrente entre as mulheres porque além de causar dor durante a relação sexual, alterações intestinais durante a menstruação - como diarréia ou dor para evacuar - também está associada às dificuldades para engravidar após um ano de tentativas sem sucesso. Como as cólicas menstruais são ocorrências habituais na vida da mulher, é recomendado que a investigação das causas das dores deve ser feita quando estas apresentarem resistência a melhorar com remédios ou quando elas incapacitam a mulher para exercer suas atividades normalmente. Pois, cólica intensa é o principal sintoma de endometriose e leva à suspeita de que a doença esteja instalada.

Quais os principais sintomas de quem sofre com a endometriose?
A grande maioria têm dismenorréia, ou seja, cólica menstrual, o primeiro e mais importante sintoma. Muitas vezes, são cólicas intensas que incapacitam as mulheres de exercerem suas atividades habituais. A dor pode ainda manifestar-se durante a relação sexual, quando o pênis encosta no fundo da vagina. Este é o segundo sintoma. Além desses sintomas, podem estar presentes a dificuldade para engravidar e alterações intestinais ou urinárias durante a menstruação. Nos casos mais avançados, a dor pode ocorrer também fora do período menstrual.

Como diferenciar uma cólica normal da característica da endometriose?
Na verdade, não existe uma diferenciação muito clara porque há pacientes com endometriose e poucas cólicas durante a menstruação. Entretanto, o raciocínio é sempre orientar as mulheres a procurarem um médico quando tiverem cólicas com certa resistência a melhorar com remédios ou que as incapacite de exercer suas atividades normalmente.

Os sintomas da presença da endometriose podem confundir e retardar o diagnóstico da doença?

Sim. E para identificá-la é importante saber que a doença pode acometer mulheres a partir da primeira até a última menstruação, com média de diagnóstico por volta dos 30 anos. Em média, a mulher tem 32 anos quando é feito o diagnóstico da doença. Em 44% dos casos passaram-se cinco anos ou mais até a doença ser diagnosticada. De 40% a 50% das adolescentes que apresentam cólica incapacitante. A investigação clínica, a anamnese bem feita seguida de um exame físico adequado, o toque vaginal que permite verificar alguns aspectos característicos da doença, tudo isso faz parte do exame ginecológico normal e de rotina que não visa ao diagnóstico da doença em si, mas que pode funcionar como prevenção primária para a endometriose. O exame ginecológico é o ponto de partida para estabelecer o diagnóstico da endometriose. Se a doença se assesta no ovário, o ginecologista pode perceber o aumento dos ovários pelo toque. Se acomete a região que fica entre o útero e o intestino, um tipo de endometriose que se chama endometriose profunda, o toque permite perceber espessamentos atrás do útero e dor quando o médico apalpa essa região. Quando a doença acomete o peritônio (tecido que reveste a cavidade abdominal) fica mais difícil estabelecer o diagnóstico pelo toque.

A doença apresenta fatores hereditários, ou seja, se a minha mãe teve endometriose corro maior risco de apresentar a doença?
Alguns estudos apontam que existe um fator hereditário que deve ser levado em conta nos casos de endometriose. Entretanto, existem outros fatores de risco que devem sempre ser levados em conta, tais como a menstruação retrógrada, que leva o endométrio para a cavidade abdominal permitindo o desenvolvimento da doença no local. A imunidade da paciente também deve ser considerada, como o estresse e a ansiedade Isso vale para o câncer e vale para a endometriose. Por fim, deve-se considerar também o número de menstruações. Hoje, a mulher menstrua em média 400 vezes na vida, enquanto no começo do século passado menstruava apenas 40 vezes, porque a primeira menstruação ocorria mais tarde, ela engravidava mais cedo, tinha mais filhos e passava longos períodos amamentando.

A endometriose pode virar câncer? Há alguma relação comprovada entre ambos?
O mecanismo das duas doenças tem muitas similaridades. Sabe-se, porém, que a relação entre endometriose e câncer é muito pequena, em torno de 0,5% a 1% dos casos. Na verdade, apesar de não caracterizar uma doença maligna, a endometriose se comporta de modo parecido, no sentido de que as células crescem fora de seu lugar habitual. Embora, na maioria das vezes, esse crescimento não tenha conseqüências letais, acaba provocando muitos incômodos. Por isso, pesquisadores suecos apresentaram um estudo onde a endometriose foi associada pela primeira vez ao aparecimento de diversos tipos de cânceres, especialmente o de ovário. Especialistas do Hospital da Universidade de Karolinska em Estocolmo, Suécia, analisaram os dados de 63.630 mulheres, que tinham sido atendidas pelo Hospital com o diagnóstico de endometriose, entre 1969 e 2002. Os cientistas encontraram 3.822 casos de câncer entre mulheres com endometriose. Segundo o trabalho, a doença aumentou o risco da mulher desenvolver o câncer de ovário em 37% do grupo analisado, risco de um terço acima da população normal das mulheres sem a doença. Também foram registrados aumento no número de casos de tumores endocrinológicos (38%), de câncer renal (36%) e de câncer da tireóide (33%). Os pesquisadores investigarão se o tratamento hormonal ou cirúrgico da endometriose tem relação com o risco aumentado do câncer.

Há casos de endometriose com sintomas bem discretos enquanto outros são bem mais graves. Como posso classificar a doença?

A classificação da endometriose leva em conta a extensão da doença. A mais aceita foi elaborada por uma sociedade americana e parte do procedimento de visualização das lesões, o passo seguinte depois do diagnóstico. O exame clínico, o marcador e exame de ultra-som são os meios adequados para definir as mulheres para as quais se deve indicar a laparoscopia, um exame realizado sob anestesia através de pequenas incisões no abdômen por onde se introduz um tubo ótico de aproximadamente 10mm de diâmetro para visualizar as áreas da cavidade abdominal em que se fixaram os implantes - nome que se dá ao tecido endometrial deslocado. É um procedimento cirúrgico menor que permite identificar tamanho, extensão e local de acometimento das lesões e iniciar imediatamente o tratamento adequado.

Então, a laparoscopia é, ao mesmo tempo, um teste de diagnóstico que avalia a extensão da doença e uma forma de iniciar o tratamento dela?
Depois que se faz uma análise da cavidade abdominal, dos pontos com comprometimento pela doença, procura-se ressecar sempre que possível os focos que se encontram nos ovários, trompas, útero, peritônio e intestino. Em relação aos cistos no ovário e no útero, a preocupação é retirá-los, mas preservando esses órgãos, uma vez que na maioria das vezes
as pacientes são jovens e têm desejo reprodutivo. Através da laparoscopia conseguimos ressecar também os focos existentes no tecido que reveste a cavidade abdominal (peritônio) e outros mais profundos localizados nos intestinos, indicativos de casos mais graves e que demandam tratamento efetivo. Obviamente, a cirurgia aberta é também uma alternativa para remover as lesões de endometriose, mas a laparoscopia é o método mais utilizado para diagnóstico e tratamento dessa doença.

A endometriose provoca alterações no ciclo menstrual, estas alterações podem causar a infertilidade feminina?

A relação entre a endometriose e a infertilidade feminina pode manifestar-se em alguns casos. Pacientes em estágio avançado da doença e obstrução na tuba uterina que impeça o óvulo de chegar ao espermatozóide têm um fator anatômico que justifica a infertilidade. Além disso, algumas questões hormonais e imunológicas podem ser a causa para algumas mulheres com quadros mais leves de endometriose não conseguirem engravidar. Após o tratamento e, geralmente, a realização da laparoscopia, uma boa parcela das pacientes consegue engravidar, principalmente as mulheres em que as tubas não tiverem sofrido obstrução. É por isso que no final da laparoscopia, costuma-se injetar contraste pelo canal do colo uterino para ver se ele sai pelas tubas. A caracterização dessa permeabilidade tubária é um ponto a favor de uma gravidez que depende, entretanto, de outros fatores como a função ovariana ou a não formação de aderências depois da cirurgia, por exemplo.

Após a realização de uma laparoscopia bem sucedida, com a retirada de todas as lesões da cavidade abdominal, há riscos de reincidência?

Depois da laparoscopia, quando a doença está num estágio avançado, costuma-se indicar uma medicação para suprimir temporariamente a menstruação. São, geralmente, medicamentos que bloqueiam a função ovariana, durante três ou quatro meses, para a paciente poder se recuperar. Depois disso, há possibilidades da doença voltar a existir, porque o retorno da função menstrual pode determinar o reaparecimento das lesões. Por isso, em alguns casos, é preciso bloquear a menstruação por mais tempo e tomar cuidado depois das gestações para que não haja recidivas. A cura da endometriose depende da boa administração da doença e nem sempre representa a extirpação eterna dos focos.

Por Joji Ueno - Especialista em Ginecologia e Reprodução Humana

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

ALIENADOS CAMINHANDO PARA O FIM DO MUNDO...

   


    A realidade me incomoda, pois vivo em um mundo artificial, onde as pessoas não são elas mesmas e eu me convenço que é necessário muito esforço para manter minhas convicções num mundo cada vez mais apodrecido.
     A pergunta que me assola não é quem sou eu, mas quem são essas outras criaturas que coabitam o mundo junto a mim? Como saber se são seres reais ou não passam de sombras, fantasmas, ilusões de pessoas que realmente poderiam vir a ser?
     Será que estou alienada em mim mesma, em meio a um surto psicótico ou será que as pessoas é que estão perdendo o sentido? Onde foi que perdemos as nossas identidades a ponto de termos como referência dos nossos padrões de conduta programas como Big Brother Brasil, Fina estampa, Rebelde, Balanço Geral, entre tantas outras anomalias que só fazem aflorar o que há de pior dos nossos sentimentos humanos?
     Chego a pensar que sou uma louca e que todo o mundo tem razão de compactuar com esses ideais que para mim não passam de desvarios.
     Há um grito de revolta na minha garganta por não aceitar que "o povo" troque a educação que vem através do conhecimento, da análise e reflexão de um bom livro, da apreciação de belas obras de artes  e espetáculos artistícos, da filiação de um bom partido político, do entendimento das leis do Direito, entre outros, por nada mais que lixo, algo construído e mastigado para distrair a atenção do que realmente é importante.
    Pensar é umas das habilidades que parece que está caindo na teoria da Lei do uso e do desuso. Que pena que talvez a humanidade seja extinta não porque 2012 é o fim do mundo(outro alarmismo infundado), mas porque vamos involuir e entrar na Pré-Histórica.
    Existem muitas maneiras de fugir dessa teia e tal qual em Matriz  renunciar a esse mundo como tem se apresentado: tomar "a pílula" certa, acordar, enfrentar o caos da realidade e lutar pela mudança do sistema, a começar em cada um. Se não for uma atitude que comece em mim, esse discurso será muito bonitinho, mas meramente ineficaz...
     Então, mãos à obras, vamos despertar...antes que seja tarde demais...


POR  ROSA SILVA, psicóloga do ESPAÇO LUMINA DE ATENDIMENTO INTEGRADO

MULHER FLOR



Certa vez no meu jardim brotou uma flor. Era uma flor de muitas pétalas.
Numa noite quente de lua cheia ao passar pelo meu jardim, percebi que havia um certo brilho em suas pétalas. Ao me aproximar, ouvi que ela chorava e suas pétalas sangravam.
Perguntei-lhe e ela disse que chorava de saudade.
Abracei-a, colhi-a e levei-a para minha casa e lá curei suas feridas.
Curada, replantei-a e ela se fez um jardim e desabrochou....


Poesia da Arteterapeuta LÚCIA SILVA do ESPAÇO LUMINA DE ATENDIMENTO INTEGRADO

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

O SEXO E O ENVELHECER







Lamentavelmente, porém com esperanças, nossa sociedade somente agora começa a engatinhar na compreensão dos anseios e dificuldades apresentadas pelos indivíduos ao envelhecer.  

Mesmo atualmente, um casal de sexagenários que se beijassem, em público, de uma forma um pouco mais “quente”, certamente seria considerado ridículo. Enquanto isso, um casal de adolescentes, no maior “amasso”, ao lado, passaria despercebido. Esse tipo de comportamento social pode ser explicado pelo nosso desagrado em envelhecer.
Diante das críticas sociais e na grande maioria das vezes, sem dispor de informações sobre o que acontece com o seu corpo no processo de envelhecimento, algumas pessoas se acomodam e aceitam que sua vida sexual chegou ao fim.
Somente por conta de preconceitos é possível acreditar que as pessoas com mais de 60 anos perdem o interesse e a capacidade de manter uma vida sexual ativa.
O envelhecimento é um processo fisiológico normal e não uma doença. Está claro que quanto mais o indivíduo vive, mais sujeito está às diversas doenças conseqüentes ao desgaste natural dos órgãos e tecidos do organismo. Esta claro, também, que o indivíduo que cuidou de preservar a sua saúde, ao longo dos anos, melhor enfrentará o processo do envelhecer. A abstenção do fumo e do álcool, a prática de exercícios físicos regulares, a manutenção de um peso adequado são medidas importantes. Assim como o corpo, a sexualidade precisa ser exercitada. A atividade sexual na velhice, não é de forma alguma prejudicial ao organismo. Muito pelo contrário, a prática regular da atividade sexual é extremamente benéfica. Suas repercussões, tanto a nível físico, quanto emocional permitirão ao homem um envelhecer com melhores possibilidades.
E não basta se preocupar somente com o a saúde física cuidar da mente, é fundamental. As pessoas não devem se deixar levar por crendices e devem ser capazes de entender que o envelhecimento leva a uma série de alterações em todo o corpo, inclusive no ciclo de respostas sexuais do organismo. Quando isso não acontece podem apresentar uma série de preocupações infundadas e desenvolver um quadro de ansiedade com relação a sua sexualidade que com certeza será muito mais prejudicial do que a idade. Neste caso pode deixar de desfrutar de uma vida sexual agradável e prazerosa, mesmo sem apresentar qualquer tipo de problema orgânico.
Quando dotados das informações pertinentes, homens e mulheres são  capazes de compreender o que acontece com o seu corpo à medida que envelhecem e aceitar as mudanças que se passam em seu organismo. Podem entender que o sexo e a intimidade  podem continuar a ser praticados, sem anseios ou culpas, independente de rótulos ou falsos padrões de desempenho sexual. 

O Homem e o Envelhecer
A Andropausa

O termo andropausa pretende estabelecer uma analogia com a menopausa. Esta corresponde ao período de vida da mulher caracterizado por importantes modificações hormonais. Na menopausa ocorre a parada da produção e eliminação de óvulos pelos ovários, com o desaparecimento do período menstrual.  A andropausa seria uma fase da vida do homem, caracterizada por diminuição da atividade física e sexual, perda da massa muscular e da densidade do osso, distúrbios do humor, entre outras alterações. O principal fator desencadeante de tais alterações seria a diminuição dos níveis de testosterona (hormônio masculino) no sangue.
Embora alguns autores tenham tentado estabelecer uma comparação, existem controvérsias quanto à ocorrência no homem, de uma situação semelhante a que ocorre na menopausa feminina. A meu ver, a comparação com a menopausa não é adequada. No caso do homem, não existem alterações clínicas e laboratoriais tão marcantes como as que ocorrem na menopausa.


Modificações da resposta sexual masculina  em decorrência do envelhecimento.

Inúmeros pacientes procuram os médicos com a esperança de obter de volta a ereção que tinham quando eram jovens. O profissional deve ser capaz de tranqüilizá-los a respeito do processo normal do envelhecimento, despertando-os para consciência de que são perfeitamente capazes de manter uma atividade sexual satisfatória. Caso contrário estes pacientes iniciarão uma peregrinação pelos consultórios e acabarão afetados por uma obsessão pelo desempenho, incorrendo em tratamentos caros e na maioria das vezes desnecessários.
Uma das principais alterações observadas com a idade ocorre no tempo necessário para a ereção se processe. Se no jovem a ereção ocorre imediatamente após um pensamento erótico, no idoso o tempo decorrido será bem maior.
As sensações oriundas do próprio pênis, também são transmitidas ao cérebro com menor rapidez e intensidade, em decorrência do envelhecimento do sistema nervoso. Por isso, o idoso necessita de uma maior e mais prolongada estimulação tátil do que um jovem. O contato físico e o estímulo direto do pênis  tornam-se bem mais necessários.
A quantidade do esperma pode diminuir com a idade. Isso decorre de uma menor secreção de líquidos pelas vesículas seminais e próstata. A força do jato ejaculatório também diminui. Independente dessas alterações, diferente do que ocorre com a mulher, a capacidade de reproduzir do homem não se interrompe com a idade.
A sensação do orgasmo, quando diminui, no homem idoso, está relacionada a fatores emocionais ou ao comprometimento do sistema nervoso e/ou vascular decorrente de diversas doenças, que são mais freqüentes a medida em que a idade aumenta.
O tempo necessário para uma nova ereção após uma ejaculação (período refratário), aumenta junto com a idade. Conforme já vimos, um jovem pode apresentar uma nova ereção, alguns minutos após ejacular. Um homem idoso pode necessitar de muitas horas e até dias para que tal procedimento seja possível.
O desejo não se modifica obrigatoriamente com a idade, embora seja esperada uma diminuição dos níveis de testosterona no sangue. No homem, os fatores emocionais, estão mais envolvidos no desejo do que o simples estímulo hormonal. Isso explica a razão de homens de idade avançada apresentarem seu desejo sexual preservado, mesmo com diminuição da secreção de testosterona.


As Incertezas da Parceira

Se o homem, na maioria das vezes, não entende as modificações que o seu organismo apresenta, em decorrência da idade, imaginem a sua companheira. Por absoluta falta de informações, a mulher pode interpretar essas mudanças de uma maneira completamente errada. Essa interpretação leva a medos infundados, cobranças prejudiciais e outras condutas inadequadas.
Acreditando as mudanças do comportamento de seu companheiro são devidas ao desinteresse por ela, a mulher pode afastar-se do parceiro. Esse tipo de conduta aumenta a insegurança do homem e agrava ainda mais a situação.
Quando homem não apresenta uma ereção imediata, a mulher, com receio de deixá-lo constrangido, pode desistir e parar de estimular o companheiro, privando-o  do tempo necessário para que a ereção se processe.
Em qualquer situação, a falta de dialogo entre os parceiros impede o esclarecimento de dúvidas e anseios. O afastamento do casal incrementa um ciclo vicioso que dificulta a resolução dos problemas. 


A Mulher e o Envelhecer
    
     A mulher sofre ainda mais que o homem com os preconceitos relativos à prática sexual a partir de uma determinada idade. No entanto como vimos, estando a mulher de qualquer idade, em boas condições gerais de saúde não existem limitações orgânicas à atividade sexual. Nunca é demais repetir que, para evitar as conseqüências negativas das  informações erradas que assimilamos ao longo dos anos é importante conhecer as modificações que ocorrem no organismo da mulher com o envelhecimento.
    

      Menopausa
    
    A menopausa corresponde a um período da vida da mulher em que ocorrem profundas modificações hormonais e metabólicas, que levam a interrupção do processo da ovulação e da menstruação. Geralmente inicia-se em torno dos 45 anos de idade, podendo, no entanto ser bastante variável de mulher para mulher. 
    A partir da menopausa, em virtude de não produzir mais óvulos, a mulher, obviamente,  não é mais capaz de engravidar.
    Apesar das modificações mencionadas, não existem razões significativas para que a sexualidade feminina se altere com a menopausa. Em muitos casos, vendo-se a mulher livre da possibilidade de engravidar,  o interesse pelo sexo pode até mesmo aumentar.
    Uma das principais queixas das mulheres após a menopausa é o ressecamento vaginal, devido à diminuição das taxas hormonais, principalmente dos estrogênios. Este ressecamento pode causar dificuldade, um certo desconforto e até mesmo dor à penetração do pênis. Este problema será facilmente resolvido através da reposição hormonal prescrita pelo médico.
    As alterações hormonais e metabólicas também produzirão algumas modificações no corpo da mulher, notadamente no acumulo de gordura e na elasticidade da pele. Tais alterações têm ação mais intensa na esfera do emocional, pelo comprometimento da auto-estima e da imagem corporal, do que na resposta sexual propriamente dita. Independente dos cuidados com o corpo é importante que a mulher aprenda a envelhecer com dignidade, reconhecendo suas qualidades e seus pontos fortes.  não considerando tão somente a sua condição estética. Procedendo desta forma, certamente não existirão razões para que a mulher se considere menos atraente para o seu parceiro. 


Amor  ou  Sexo
    
      Em idades mais avançadas, realmente, o comprometimento das condições físicas e a presença de doenças diversas podem comprometer o relacionamento sexual do casal. Nestas condições é importante lembrar que o amor e o sexo, apesar de andarem juntos durante boa parte da vida, são fatores independentes. Sentimentos como o companheirismo, o afeto, a cumplicidade e o carinho, descobertos e cultivados ao longo de toda uma vida, proporcionarão ao casal idoso a motivação e a alegria que estarão presentes até o fim de suas vidas.